Chego até aqui realizada por ser capaz de me amar...
Leia Ouvindo: Everbody Hurts - The Corrs
Não sei o que acontece com essa
magia de fim de ano que me deixa loucamente nostálgica, rindo e chorando de
alegria e tristeza ao mesmo tempo. Vem-me a cabeça tudo o que vivi até aqui e
por incrível que pareça são apenas coisas belas, obvio que existiram as coisas
tristes e mais obvio ainda que elas fazem parte de mim, mas foi essas coisas
que tiraram de mim o melhor que tenho para mostrar ao mundo hoje.
Não sei se agradeci pessoas
suficiente nessa vida para chegar até aqui neste ponto onde me encontro, mas
hoje pensei como a nossa vida parece com uma peça de teatro, está tudo
acontecendo ao vivo, tem um monte de gente observando e tem aquele monte de
gente nos dando suporte, nos dando ajuda, nos ensinando e acima de tudo nos
dando colo e abraços quando precisamos.
Eu vivo plenamente a vida que eu
escolho viver a cada dia. Eu mesma realizo meus sonhos. Eu aprendi a me a amar
e ser autossuficiente. Eu tenho em minha vida as melhores pessoas que me aturam
e me amam da forma que eu sou e me mostro, e eu lhes garanto que eu sou um
tanto quanto impossível de lidar, mas essas pessoas que até aqui hoje
permanecem comigo são fundamentais a minha vida, são essas as pessoas que estão
ao meu lado por pelo menos os últimos doze anos de vida, são essas as pessoas
que me apoiaram e me abraçaram no pior momento que eu vivi até hoje.
Ao longo desses anos a vida me
apresentou tantos momentos que eu desejei em que minha mãe estivesse aqui para
viver comigo, desejei que ela pudesse ter visto tantos shows comigo, tantos
filmes no cinema. E é por isso que muitas dessas coisas eu faço sozinha.
Não sei quanto a vocês que estão
lendo esse texto, mas eu não sou aquele tipo de pessoa que sai por ai fazendo
um monte de amigos, mas eu mantenho na minha vida aqueles que entendem que
verdadeiros amigos são amigos e sempre serão. Claro que no meio desse longo
caminho algumas pessoas seguiram outras estradas, algumas delas mesmo longe
permanecem tão próximas que ai a gente entende aquele tipo de amizade que você
escolhe como família. Outras pessoas traçam caminhos mais e mais longe, não há
mais um laço entre nossa amizade, mas dentro de nosso coração há tantas lindas
histórias e momentos que a gente apenas suspira e sorri quando se lembra, e com
certeza isso viverá dentro de nós para sempre, o que mais uma vez nos leva a
crer em para sempre.
Nada é mais belo que dividir
momentos com as pessoas que amamos, como o dia de aniversário. O primeiro
pedaço de bolo. A primeira ligação de ano novo. Um abraço de
carinho ou aquele abraço cheio de saudades causado pela distancia. Aquele olhar
que você decifra sem nenhuma palavra. Aquele dia tão triste que a gente nem
precisa dizer nada porque simplesmente a presença basta. Aquela musica na
balada que só a gente entende a alegria de ouvi-la. A mesma tatuagem. Os planos
de viajar juntos. A vibração de cada bom momento que vivemos (juntos ou
separados). As maratonas de filmes e séries. As eternas conversas madrugadas a
fora. As festinhas surpresas tão bem planejadas por mensagens.
Acredito que o natal tem o poder
de fazer a gente sentir aquele alivio de missão cumprida ou aquela reparação de
que um momento novo está chegando e com isso renova a nossa esperança outra
vez.
Eu chego até aqui com meus tão
tão esperados trinta anos, sem duas das pessoas mais importantes para a minha vida, mas chego até
aqui lutando e sobrevivendo. Chego até aqui cuidando da Stefanie e do Felippe e
sendo cuidada por eles. Chego até aqui sendo a Tia Bá do Arthur. Chego até aqui
lutando para ser uma filha melhor para meu pai e para ser um bom exemplo para Clarice
e o Miguel.
Chego até aqui hoje sem vergonha de dizer eu te amo as pessoas que
merecem ouvir. Chego até aqui com todo meu mau humor, nojinho das coisas,
ironias e momentos de verdade, mas chego sabendo que posso contar com um monte
de pessoas e essas pessoas podem contar comigo.
Meu objetivo nessa vida é fazer
com que alguns corações sejam tocados pelas as histórias que eu conto, sejam elas
vividas por mim ou criadas madrugadas a fora!
Oi, Bárbara! Com certeza você tocou meu coração com esse texto lindo!!!
ResponderExcluirTambém fico super nostálgica e não sou daquelas pessoas que tem uma porção de amigos, mas o que tenho posso chamar de AMIGO e me acompanham por estradas felizes e pelas não muito felizes também, e eu acho isso o mais importante.
O que me faz feliz? Pequenos momentos, pequenos gestos e grandes companhias, daqueles que amamos.
Amei seu texto!!
bjs
Fê
Eu já tinha visitado o seu blogue, lidos alguns de seus textos. Li novamente alguns e parei aqui. Não gosto de Natal. Detesto pessoas fingindo alegrias, preocupação. Detesto pessoas, para ser sincera. Ah, sim, eu sou uma pessoa, mas prefiro a companhia dos cães e de meus autores mortos. rs
ResponderExcluirNão sou maluca, quer dizer, essa é minha condição. Mas eu vivo com poucas pessoas. Multidões me incomodam. Prefiro o canto oposto. sempre.
bacio
Tem dias que me sinto assim!!! Me apego a mim mesma com muita intensidade, vou ao cinema sozinha, almoço sozinha e cada dia mais conheço um novo em mim
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