Ironicamente Inusitado

Leia ouvindo:  Kodaline - The One Nem sempre é falta de amor próprio que nos faz aceitar qualquer pedaço de atenção. Acredito que às vezes o excesso de amor e boas energias dentro de nós faz com que aceitemos qualquer demonstração de afeto, mesmo que nem de longe seja algo reciproco. Talvez realmente tenhamos que perder ou aceitar que não é para ser. Talvez tenhamos que saber a hora de simplesmente parar mesmo sem nos despedir, e acredite vai doer vai doer pra caralho, mas vai passar, acredite que vai porque só assim para ficar tudo bem. A gente se conhece e sabe quando temos que parar respirar e seguir em frente. Obvio que não é fácil deixar tudo para trás, não é fácil deixar de falar com a pessoa que há tempos é sua melhor companhia, a pessoa que te faz sorrir apenas por existir. Confesso que dói demais aceitar o fato de que não existe mais “nós”, mas dói bem mais lembrar que sempre existiu apenas eu atrás de você. Dói perceber que as pessoas a minha volta tinham uma

Um belo dia você acorda uns dezessete anos depois da sua primeira decepção amorosa, das suas fossas ao som de “Creed” e “3 Doors Down” e descobre que estar apaixonada é um ciclo vicioso para poder cantar as musicas de "bad" bem alto e desafinada sem ninguém julgando. Quem diria para a garota de quinze anos que aos trinte e quase dois ela iria passar pela mesma situação estar apaixonada por uma incerteza, que mesmo agora sabendo que quem controla nossas emoções é o cérebro o aperto que a gente sente sempre será no coração. Sabe quando você entendeu que perdeu a luta, mas ainda assim luta até o final do último round? Ou quando liberam todos os spoilers possíveis da sua série favorita e ainda assim você assiste com muita expectativa? Quando ficamos mais velhos é mais ou menos assim que contextualizamos a esperança, um pode ser que dê certo vale muito dentro de nós. Tem dias que você acorda com a certeza que consegue respirar fundo e esquecer a situação atual em q

Leia Ouvindo: I Got It Wrong - Joe Marson Atualmente somos 7,7 bilhões de pessoas no mundo, impossível que uma alma não nos toque diferente, não é? De fato se apaixonar ou ter um “crush” como dizemos em dois mil e dezenove não é algo distante da nossa realidade.   Podemos até termos mais de um “crush” ou paixonite. Mas já experimentaram a sensação de o coração disparar quando chega uma mensagem da pessoa que você gosta? Ou então sentir o perfume e quando você se vira lá está à pessoa sorrindo para você de um jeito que mexe com a gente da cabeça aos pés, quase um ataque cardíaco de emoção? De acordo com o Wikipédia, “o amor é emoção ou sentimento que leva uma pessoa a desejar o bem a outra pessoa ou a uma coisa”. Concordamos? Eu particularmente complemento que amor é se doar e receber em troca um sorriso de quem a gente gosta um abraço ou um olhar que nos faça entender que está tudo bem ou que ficará. Por muito tempo amor foi para mim desejar um “bom dia” e não r

Parece que ao mesmo tempo em que eu tenho o mundo em minhas mãos eu já não tenho mais nada no minuto seguinte, e assim segue diariamente, já vivo isso há anos, uma vida baseada numa felicidade tão instantânea. É difícil falar sobre felicidade, em particular sobre a minha, porque ela se foi há alguns anos e não consegui mais encontrar algo que me fizesse tão feliz como eu era. É como se todos os dias tentasse uma nova forma de ser feliz e fracassasse. Como se a felicidade não pudesse mais existir num ambiente que você já não pode estar e mais nada é como antes e a verdade é que jamais será, pois o mundo deu tantas e tantas voltas depois que você se foi que às vezes eu me esforço muito para me lembrar de como eram os dias com você aqui, e dói tanto muitas vezes não conseguir lembrar. Não posso negar que era bem mais simples viver com você por aqui, já que sempre acreditava em mim antes mesmo de eu contar todos os meus planos, me encorajava todos os dias a ir atrás

Leia Ouvindo:  Tom Walker - Fade Away Tem um momento da vida em que a frase “tá na chuva é para se molhar” corresponde exatamente aquilo que se vive. Com você também foi assim? Eu poderia ter desistido. Poderia ter deixado para trás como tantas outras coisas que eu deixei. Poderia ter respirado fundo e passado por cima de todo meu orgulho e seguido em frente. “Eu seria feliz?” é o que me pergunto. Eu estaria no mesmo lugar de agora? Bem provável que não. A verdade é que sai nessa chuva porque eu quis e pela primeira vez eu me molhei, deixei ela me inundar, me afoguei em alguns momentos e não tinha ninguém para me salvar, tive que criar forças sozinhas e emergir daquela obscuridade que eu mesma tinha criado. Quero que você saiba que ninguém além de você pode tomar as decisões que darão um novo rumo a sua jornada. Quero que você entenda que os amigos estão ai para te ouvir e te resgatar do fim do poço quando você cair, mas eles não podem escolher por nós e não podem

Ontem ela foi dormir querendo chorar, mas ao certo não se sabe se isso realmente aconteceu, pois parece que nem as lagrimas queriam descer. Ontem ela parou no caminho de volta pra casa e comprou uma garrafa de vinho, mas sabe quando nem o vinho é capaz de curar mais as dores? Ela está se sentindo assim, uma única taça levou-a direto ao sono. Sem boa noite, sem até amanhã, sem o confuso “eu te amo”, ela foi dormir sem aquele último sorriso, mas pela primeira vez em meses ela foi dormir sem se sentir presa. Como é possível se despedir de quem você jamais deseja dizer adeus? Ela ouve do mundo para desistir, que ela já fez demais, que não tem mais o que ela demonstrar. Mas ela não se sente assim. É como se ainda existisse tanto a fazer, tanto a demonstrar. É como se ela ainda não tivesse se mostrado ela mesma porque não teve o tempo exato para isso. Seu coração bate realmente por ele. Seu amor é tão inocente que ela sente vergonha de se expressar mais e mais e parec

Leia ouvindo:  Benediction - Luke Sital-Singh Não sabia exatamente como chegar até você, pois da mesma maneira que as redes sociais nos trazem acesso ilimitado sobre o mundo elas nos cegam. Era uma terça-feira comum de folga, enquanto estava sentada na praça de alimentação lotada na hora do almoço, eu pensava em desistir das minhas mudanças, pensava que eu era mais feliz (leia-se segura e emocionalmente estável), achava que tinha controle real da minha vida, mas a verdade é que eu não tinha exatamente uma vida, eu apenas seguia um roteiro. Levante, trabalhe, sorria e volte para casa, às coisas até funcionavam assim, mas não tinha nenhuma emoção real. As terças geralmente eram dias dedicados a mim, almoço no shopping, fazer as unhas, ir ao cinema e a noite encontrar as amigas no bar, sim, bar na terça era algo que estava no roteiro, mas essa terça especificamente dia dezessete do meu mês favorito foi um tanto excêntrica. Eu abri um daqueles pacotes de batinha Ruffle