Enfim, o amor existe!

 



Um dia estamos quebrados, desacreditados e cansados de amores rasos. Só que quando menos esperei, estava o amor da minha vida parado em frente ao meu trabalho indo buscar a chave da minha casa. Fazia um ano e meio que não nos víamos, mal nos falávamos, nem notícias tínhamos um do outro, era apenas aquelas rápidas visitas online nas redes sociais para saber se a pessoa estava ainda viva...

Não foi fácil permitir transbordar todas as coisas que eu sentia e queria dizer. Na verdade, não foi nada fácil aceitar que era ele. Nosso mundo é completamente diferente, nossos gostos são opostos, nosso humor não combina, eu não acho graça em nada enquanto ele é totalmente divertido.

Assim que o conheci anos atrás eu senti que ele poderia ser a pessoa certa desde o início, mas eu estava tão travada e tão com medo que eu permiti que ele fosse embora, permiti que ele se mudasse para longe e nem ao menos fui me despedir, porque na verdade eu tinha medo de pedir que ele ficasse, mesmo sabendo que ele ficaria por mim, eu não queria ser a pessoa que faz a outra ficar sem eu ao menos saber o que eu exatamente sentia.

Nesse um ano e meio separados eu passei todas as minhas folgas sentindo falta de estar com ele como era quando ele estava aqui, passei meses sem ouvir “if the world was ending” porque era a música que tocava todas as vezes que estávamos juntos sem fazer nada. Tentei por várias vezes saber como ele estava, mas a resposta era sempre um padrão de que estava tudo bem, comecei a estudar só pra poder puxar assunto sobre o site de cursos que ele estudava, mas nunca tinha abertura para eu falar que sentia saudades. Enfim, quando eu descobri que queria ele aqui, eu tentei dizer, mas a única coisa que ouvi foi que não tinha mais espaço para mim na vida dele. E doeu. Doeu muito mais que imaginei. Foi aí que eu descobri que precisava contar tudo que eu sentia e que estava preparada para dividir minha vida com ele.

Confesso não foi fácil voltar a falar com ele depois de ouvir que não havia mais espaço, mas também sei que eu o magoei muito, que eu o deixei ir, que eu não me importei quando estava nas minhas mãos.

Eu já não tinha mais vontade de estar com ninguém ou mesmo conhecer pessoas novas. Eu o queria. Queria me sentir bem como quando estávamos juntos. Queria me sentir amada, protegida e desejada como era com ele. Ninguém conseguiu preencher o espaço dele em mim, ninguém me fez esquecer como era bom estar com ele. A verdade é que toda vez que alguém ia embora era um alivio.

Então eu estava destemida a ter a conversa que mudaria minha vida.

Eu fiquei nervosa, gelada e levemente minhas mãos tremiam ao digitar, mas me abri, falei tudo que eu sentia, e pela primeira vez eu disse que o amava, e acredito que tenha sido um choque essas palavras vindas de mim. Ele levou dois dias para processar tudo o que eu disse e meu pedido dele vir morar aqui na minha cidade novamente, mas dessa vez morar comigo.

Foi um pouco mais de um mês todo processo de mudança, devolução da casa onde ele morava, transferência da faculdade e encontrar uma vaga de emprego aqui.

Hoje faz mês e alguns dias que ele está aqui. Disse que alugaria um lugar por aqui para que a gente tivesse um processo natural de estar juntos, mas desde que ele chegou eu disse que não deixaria mais ele ir, e estamos juntos desde então, na mesma casa, dividindo os dias e redescobrindo muitas coisas juntos. É como se eu não tivesse gostado de ninguém antes, como se estivesse realmente a espera da pessoa certa e ele é.

Todos os dias me descubro uma pessoa nova, mais paciente, mais tolerante, mais amável e que todos os dias encontra um pouquinho mais de amor.

E quando dizem que a gente quando ama, ama até os defeitos da pessoa, é exatamente isso, eu não poderia ter encontrado uma pessoa tão oposta e ainda assim tão perfeita.

Não deixe de acreditar nos seus sentimentos, principalmente naqueles que te dão medo e te fazem repensar sobre as coisas que você deseja.

Enfim, o amor existe sim!



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