Não é melodrama é apenas a minha realidade de existência.





Sempre fui obcecada por finais felizes. Muitas vezes acredito que seja bem mais pela trilha sonora. Quem por acaso já viveu um amor sem trilha?  Quem nunca ouviu aquela música no repete por horas e horas, lagrimas e lagrimas?

Devaneios meus apenas?

De fato quase nunca sabemos o que vem depois do letreiro. E quando se trata de um livro, quem nunca virou a página mesmo sabendo que aquela era a ultima?

Eu estou há anos em páginas em branco da minha própria historia, porque de fato eu não acredito que exista um final feliz para mim. Não é melodrama é apenas a minha realidade de existência.

Muitas vezes olho ao meu redor e percebo olhares me julgando por ser a entusiasta do amor alheio, pois quando penso no amor em mim e em minha vida, me torno extremamente cética com o que pode acontecer a mim e a minha alma.

Sou daquelas que se sente viva ao sentir aquele frio na barriga, que sente se tremer toda ao perceber que a pessoa está presa no mesmo ambiente que eu, que sabe que a pessoa chegou somente pelo perfume. Sou aquela capaz de encontrar em um mar de gente a pessoa que faz meu coração querer sair pela boca.

Mas acima de tudo, sou aquela que depois de sentir um turbilhão de emoções e prazeres sou a primeira a desejar a minha solidão outra vez. E por solidão entendam também liberdade.

O que é a Liberdade em pequenos fragmentos?

Liberdade substantivo feminino, independência, vontade, movimento, soberania, autodeterminação, consciência, confiança, autonomia, satisfação, necessidades, expressão.

Não a nada na vida mais valioso que a nossa própria liberdade. Ser quem você é sem medo de julgamentos, ser quem você é sem ter vergonha de se expressar. Ser o que você é com receio de ser você e ser feliz a sua maneira.

Eu procurei o amor em tantos lugares, pessoas, situações, mas quando o encontrei era um reflexo daquilo que eu sou. Sim! Eu precisei entender, compreender, amar e aceitar a mim mesma antes de encontrar uma alma por ai para chamar de gêmea.

Eu necessitei me despedir de tudo aquilo que me fazia duvidar de mim mesma. Eu fui capaz de enxugar minhas próprias lagrimas de decepção e de tristeza. Eu me entreguei em todos os últimos abraços, mas não deixei que eles soubessem que esse era o nosso fim. Como diria Sam Smith, “eu sou boa até demais em despedidas”.

As pessoas acreditam que temos que passar nossa vida ao lado de alguém, até que a morte nos separe, mas eu ainda me pergunto, será mesmo?



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Comentários

  1. Ainda não conhecia o seu blogue e estacionei no primeiro post que estava na tela, graças ao título e fui lendo-te. É estranho ler alguém assim no primeiro contato, pela primeira vez e sentir-se dentro de um espaço-vida-cenário.
    Eu adoro trilhas sonoras, tudo que faço é movido a um som, mas nunca fui fã de finais felizes, ao contrário de ti. Sempre preferi os obstáculos, o impossível. Sempre preferi o meio do caminho. Sou fascinada por ir e não por chegar. rs

    amei esse post
    bacio

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    1. Hoje em dia estou assim como você!!! Acho mais vivo, mais incrível né!!!

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  2. Primeiro parabéns pelo seu texto, você escreve muito bem!
    Segundo, para mim a parte mais importante do seu texto foi "Eu precisei entender, compreender, amar e aceitar a mim mesma antes de encontrar uma alma por ai para chamar de gêmea." Não que eu acredite em almas gêmeas, mas pra mim uma das maiores verdades da vida é que a gente só é capaz de amar alguém e viver plenamente essa relação se nos amarmos primeiro. E isso é uma coisa que a gente só aprende na prática, só vivendo mesmo.
    Quanto a pergunta no final do post, eu acredito que é (ou deveria ser) uma decisão puramente pessoal. Se eu desejo passar o resto da minha vida com alguém ou se eu prefiro me envolver em vários relacionamentos curtos e intensos, deveria ser algo que cada pessoa escolha para si para ser feliz e não porque os outros esperam isso, sabe?
    Eu estou em um relacionamento beeeeem longo e que me faz bem e tem me feito muito feliz. Se vamos passar o resto da vida juntos? Não sei, posso dizer no momento que gostaria que sim, mas sentimentos mudam e nunca se sabe o dia a dia de amanhã. O que eu sei é que, com essa pessoa que eu estou, encontrei a tal da liberdade que você falou no seu texto:liberdade de ser quem eu sou, sem vergonha ou julgamentos.

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    1. Que incrível!!!! Eu adoraria encontrar um relacionamento assim também! Mas hoje em dia é uma das coisas mais difíceis da vida, talvez por isso que eu não acredite mais tanto assim!!

      Que bom ser livre e ser amada!! Um abração!!!

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  3. Seu texto me lembrou de uma frase mais ou menos assim: "a vida não passa do ensaio de uma peça que nunca será lançada". Embora sejamos pessoas muito diferentes, e esse ser a graça da vida, todos buscamos um futuro feliz. O qué nos difere é o modo como lidamos com as situações e decisões que vão nos levar para a felicidade.
    Parabéns pelo texto ♡ Beijos.

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  4. Uau, que texto incrível. Eu já nem sei o que eu gosto mais do impossível ou dos finais felizes, antes eu era um ou o outro, mas hoje já me agrada mais a surpresa que a vida pode me proporcionar.

    Uma ótima reflexão, parabéns!
    Beijos da PINGUIM

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  5. Que texto incrível!!
    Minha vida é tão cheia de trilhas sonoras, mas é assim que eu me encontro e guardo meus momentos.
    Antes eu sempre achava que para ter um final, deveria ser o final feliz, hoje depois de tantos tropeços e tantos aprendizados, aprendi que não precisa ser necessariamente assim. E eu me sinto mais madura.
    Parabéns pelo texto!

    bjs

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  6. Interessante, nunca havia parado pra pensar nisso. Lógico que gosto da vida com finais felizes, gosto de viver a alegria, mas se acontece algo triste, passo adiante e vou para o próximo. Mas não suporto filmes e nem livros com finais triste. Não assisto e não leio, talvez porque aquele seja um final que não tem próximo, não tem continuidade a não ser na nossa imaginação.

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  7. Oi Bárbara!
    Amei esse texto, o título me chamou e mergulhei aqui! Eu sou do tipo que ama as trilhas sonoras! E acho que finais felizes só caem bem em um dia ensolarado e cheio de mesmices. O que gosto mesmo são dos finais que fazem pensar, sentir, ser, porque são esses mais próximos da realidade, do mundo, da vida. Aqueles que terminam em suspenses, perspectiva, até esperança eu aceito. Quero trilhas sonoras pra percorrem o caminho e ter uma nova pra poder começar outra história! <3
    xoxo

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